6 de outubro de 2014

Se eu começasse agora faria tudo de novo.

Passei pelo nascimento do meu quarto filho neste final de semana. Como gostaria de ter a capacidade e a competência de colocar em palavras os sentimentos desse momento, ou desses momentos, se considerarmos as quatro crianças. Se eu pudesse teria cem filhos só para poder sentir por cem vezes a emoção de ver o nascimento do meu rebento.
A chegada ao hospital, a entrada no centro cirúrgico, com seu cheiro e impacto peculiar.
Momento em que fortaleço a minha fé e a crença em Deus. Quando vejo a médica trazendo o meu filho ao mundo, em segundos, sinto a grandiosidade de Deus, e me fortaleço. 

(Este texto era para ter sido publicado em setembro de 2012. Guardei no rascunho do blog e, hoje, revendo, resolvi publicar).

3 de setembro de 2012

30 de junho de 2012

Me educar para educar

Acabaram-se as férias e com elas o bom tempo vago para me dedicar ao blog. Há tempos não postava, e até o meu próprio computador já não estava mais reconhecendo minha página, o bendito antivírus não o deixava abrir. Mas tudo bem! Vamos em frente...
Educar. Esta é a palavra, meu amigo, a qual busco sua prática ardorosamente.
O Aurélio, não o meu irmão, mas o do dicionário, diz que é: "promover a educação", e para ele educação é: "o processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral da criança e do ser humano em geral, visando à sua melhor integração individual e social", dentre outros significados é claro. 
De primeira vista parece simples, mas não é. Para este propósito já li algumas obras sobre crianças, educação, pedagogia e até peguei alguns conselhos com amigos nutricionistas. Mas isto só não basta, haja vista que à sua frente se encontra um espiritozinho que pensa, que se manifesta, que tem vontades (na maioria das vezes diferente da sua), que questiona, ou seja, um ser humano.
Ter a responsabilidade de auxiliar estes pequenos em sua caminhada me deixa preocupado, não vou negar, mas esta responsabilidade me dá um prazer e uma alegria indescritíveis.
Educar é na verdade um caminho de mão dupla, pois que para eu poder ensinar aos meus filhos tive que primeiro aprender. E como tive que aprender, e ainda estou aprendendo.
Não existe esta coisa de faça o que eu digo e não faça o que eu faço. As crianças ouvem o que você fala, mas só entendem o que você é, e não tem como enganá-las. Quando percebi isto, iniciei o meu processo de educação, reforma íntima. Quebrei alguns paradigmas, modifiquei algumas teorias sobre as relações, estou tentando ser menos egoísta e mais altruísta, e por aí vai. Não vou dizer que é fácil e que não dói. Dói e é difícil sair da zona de conforto, mas isto é crescer, é crescer juntamente com os filhos.





10 de abril de 2012

10 de fevereiro de 2012

O que é, o que é?


Minha filha chega até mim e pergunta:


- Pai. O que é, o que é? Ela é bem pequenininha, tem uma boquinha desse tamanho, corta as folhinhas e leva para o formigueiro, você sabe?


Me divirto com essas crianças! Deus abençoe essa simplicidade delas.

3 de fevereiro de 2012

Numa dessas manhãs ensolaradas que acompanham os dias de férias, que passam numa velocidade inacreditável, estava eu, sentado em minha varanda, pensativo, quieto, quase dormindo na cadeira, quando de repente me surge uma luz que quase me cega. As minhas vistas doeram ao tentar encarar de frente a claridade daquela fonte luminosa. Então, em frações de segundos, os meus olhos foram se adaptando àquela luz, e aos poucos foi tomando a forma de um homem, que entre o meu espanto e susto me disse para ter calma e se identificou como anjo Gabriel.

(Eu): - Anjo Gabriel????!!!!
(Anjo Gabriel): - Sim.
(Eu): - O mesmo que apareceu para Maria de Nazaré?
(Anjo Gabriel): - Sim, sou eu.
(Eu): - Não acredito!
(Anjo Gabriel): - Sim, sou eu e preciso de sua ajuda para uns assuntos.
(Eu): - O QUÊ!!!! O Cristo está voltando e precisa de minha ajuda?
(Anjo Gabriel): Nem tanto. Você não tá com essa bola toda com o pessoal lá de cima, não. O assunto é mais simples.
(Eu): - Ah! O que é então?
(Anjo Gabriel): - Como você sabe eu sou o Diretor Planetário das Reencarnações Terrestres.
(Eu): - Sim, e...
(Anjo Gabriel): - E nesse ano que se passou nós não conseguimos atingir a nossa meta mundial de reencarnações...
(Eu): - E...
(Anjo Gabriel): E é aí que você entra na história.
(Eu): - Sei...
(Anjo Gabriel): Então, nossos planos é mandar mais um filho para você....
(Eu): - !
(Anjo Gabriel):  -...ainda este ano...
(Eu): - Assim na lata?
(Anjo Gabriel): - Sim.
(Eu): Tudo bem pode mandar. Mas nada desse negócio de filho do Espírito Santo, hein!
(Anjo Gabriel): Meu filho... Se fosse para ser filho do Espírito Santo, você acha que eu teria vindo aqui perder meu tempo com você? Teria ido direto falar com sua esposa.
(Eu): E por falar nela! Que horas que você vai conversar com ela sobre esse assunto?
(Anjo Gabriel): Eu?! A esposa é sua, você é que vai lá convencê-la.
(Eu): - Mas a meta quem tem que atingir é você.
(Anjo Gabriel): - Opa!!! Você está esquecendo quem é o anjo por aqui... Vai lá conversar com ela e pronto. Se vira, que você não é quadrado.
(Eu): Já estou ficando na dúvida se você é anjo mesmo...
(Anjo Gabriel): Fica com Deus e boa sorte.
(Eu): Até.


Depois das despedidas a luz foi se apagando e o anjo desaparecendo por entre as nuvens do céu. Dias depois  desse episódio a minha esposa engravidou do nosso quarto filho. 
É isso mesmo, mais um membro na família. Você deve estar se perguntando como pode isso acontecer.


 Eu não sei...só sei que foi assim.

18 de janeiro de 2012

Passando o "Tempo"

A entidade física 'tempo' sempre me fascinou. A razão eu não sei. Talvez seja por que ela não respeita poderes e títulos e arrasta tudo ao seu fim; talvez seja por que a sua relatividade atua com tanta força em minha vida que  nas sequências dos seus segundos, que formam os minutos, que formam as horas, que formam os dias, que formam as semanas, que formam os meses, que formam os anos e, que por fim, formam a minha existência, me obriga a passar por situações de alegria e de dor que são absolutas para mim. O fascínio talvez venha por não sabermos até que ponto ela simplesmente não existe quando estamos perdidos em sonhos perto da velocidade da luz; ou talvez seja por que se a perdemos não temos a menor chance de a recuperarmos; ou talvez seja por que ela me envelhece, e meu corpo insiste em lhe obedecer as ordens, entretanto, me traz aprendizado; ou quem sabe é por que ela vai construindo momentos em minha mente que vão sendo guardadas na lembrança, e que essas lembranças ao serem despertadas causam uma certa nostalgia misturada com dor e alegria ao mesmo tempo; ou talvez seja por que ela me traz esperanças, uma vez que possui como subconjunto o futuro. Quem sabe é tudo isso ao mesmo 'tempo'.
Entenderam? 
Tudo bem! Depois eu explico melhor, é que já são três horas da manhã e a febre da minha filha já baixou, posso dormir agora. Ainda dá tempo.


15 de janeiro de 2012

Deixai vir a mim...

Podes vir. Já está tudo preparado para a sua chegada. A sua casa é uma casa simples, não temos luxo, entretanto, já conta com três irmãozinhos que te aguardam ansiosamente e não vêem a hora de te conhecer. Nós, teus pais, apesar dos defeitos, já o amamos e continuamos com as mesmas ansiedades como as do  primeiro filho. Vou te contar algumas coisas aqui da Terra. Apenas algumas por ora, pois que outras deixarei para te sussurar quando dormires em meus braços. A sua mãe é uma mulher excepcional. Com ela você aprenderás a ter persistência e a determinação. A Helena tem aquele mesmo jeito mandão de sua mãe, mas possui um grande amor e cuidado com seus irmãos menores. O Heitor é de uma convivência muito agradável, difícil vê-lo de mau humor e sem aquele sorriso despreocupado. O Henrique, por sua vez, é elétrico, não fica quieto um segundo sequer, enquanto ele estiver acordado estamos em atividade. E eu, daquele jeito que você já sabe, meio filho de mineiro comendo pelas beradas e meio filho de goiano que adora um pequi com arroz.
 Portanto, a partir de agora, a sua vinda vai depender apenas de você, já estamos preparados, não demore.

9 de janeiro de 2012

Uma rosa para o meu amor

Existem alguns erros que são perdoáveis quando a intenção tem como pano de fundo o amor. E um deles é quando a gente invade um jardim alheio e rouba uma rosa para quem se ama. E foi justamente isso que fiz hoje. Entrei em um jardim alheio (bobagens da alma) e roubei uma rosa (poema) e vou dedicá-la à minha esposa, porque, afinal de contas, "o amor não precisa de motivos".


"Ele faz rir. Ela se diverte.
Ele conforto. Ela, sofisticação.
Ele é raiz. Ela, folha que balança com o vento.
Ele come um filé bem passado. Ela, camarão.
Ele assiste Top Gun e Onze Homens e um Segredo.
Ela, Uma Linda Mulher e A Espera de um Milagre.
Ele é um beijo intenso. Ela, um suspiro apaixonado.
Ele faz tudo a seu tempo. Ela é cobrança constante.
Ele, livros, filmes e jogos. Ela, bolsas, sapatos e perfume.
Ele ouve música internacional. Ela, Música Popular Brasileira.
Ele sente o vento enquanto pedala. Ela flutua na água enquanto nada.
Ele mistura doce com salgado. Ele retira cada uva passa do arroz à grega.
Ele, dorme mais cinco minutinhos. Ela, é desejo de pontualidade constante.
Ele, razão. Ela, emoção. Ele, no final vai dar tudo certo. Ela, ansiedade diante do incerto.

Mas juntos são mais.
São família. São planos. São um lar.
Diálogo, boas risadas e um ideal em comum.
Tomam banho de ducha sob o sol de domingo.
E planejam os filhos e as férias que hão de vir.
Há quem fale em completar-se no outro.
Eu não acredito, viemos completos, cada qual com sua qualidade e defeito.
E é preciso amar, tanto um, quanto o outro.
Tenho dito: o amor não precisa de motivos."

Poema retirado do blog bobagens da alma de Agda Y.

8 de janeiro de 2012

Provérbio familiar

Trate bem a sua sogra e cunhadas hoje, pois elas são, ao menos em potencial, as suas babás de amanhã.

5 de janeiro de 2012

Ciumento? Eu?!

Estava eu e minha família numa destas festas de aniversário de criança filha de amigo do trabalho, quando o filho de um deles me chega e dá um baita abraço e um beijo na minha filha. A festa acabou a graça na hora. Eita festinha mal organizada, sem graça e de mau gosto. Naquele momento me bateu uma vontade louca de dar um cascudo naquele moleque abusado. Deu um aperto no peito, um nó no estômago e um amargo na garganta. Ora, como pode! a minha filha com apenas três anos de idade! As vistas  se turvaram e quase o arremessei  pela janela. Passei o resto da festa sentado à mesa emburrado, não vendo a hora de ir embora. O pior é que é eu quem fico como o errado, o ciumento. Já estou fazendo os planos de ação para quando chegar a adolescência e aqueles assuntos de namorados e tudo mais.
O plano funciona mais ou menos assim: vou fazer um churrasco em minha casa e convidar o "namoradinho" da minha filha para almoçar com a gente. Vou colocar o danado sentado debaixo de um sol de meio-dia, dar uma salgadinha na carne e tocar coca cola quente no pentelho. Se ele não desidratar ou sair correndo até o final do churrasco vou ter que passar para a fase 2 do plano. A fase 2 não sei como vai ser, mais ainda tenho pelo menos uns dez anos para pensar nela. 
A bem da verdade é que cachorro que ladra não morde, e eu estou apenas curtindo aquele velho e bom ciúmes de pai, e todo pai sempre quer a felicidade de seus filhos. Ainda não sei como vou me portar quando  chegar esse momento, mas por enquanto não vou pensar nisso, porque o que importa para mim hoje é continuar sendo o super-homem da minha filha, o seu super-herói. E eu quero aproveitar bem esta fase pois que passa muito rápido.

30 de dezembro de 2011

Provérbio familiar

A probabilidade do seu filho fazer um baita cocô dentro do carro quando você estiver saindo de casa é diretamente proporcional à pressa que você está.

28 de dezembro de 2011

Ah! finalmente as férias!... Férias?!... Que Férias?

E finalmente chegaram as tão esperadas férias, tudodebom.com.br. Ficar em casa sem compromisso lendo todos os bons livros que foram separados durante o ano para este momento. Tirar aquele cochilo depois do almoço, no sofá, assistindo televisão. Acordar às 9h00 da manhã para tomar o café calmamente a mesa. Ir ao cinema e jantar fora. Ao final da tarde poder assistir filmes no DVD e outros programas...
(esposa): - Ei, Psiu!  Acorda. Acordou?
(eu): - Que foi? (sonolento)
(esposa): - O bebê acordou (filho três). Tem como você fazer a mamadeira enquanto eu troco as fraldas.
(eu): - Sim. Que horas são?
(esposa): - 6h30.
(eu): - 6h30?! Meu Deus! Estava sonhando.
(filho um): -  PAI eu quero leite.
(eu): - Já to indo fazer.
(filho dois): - PAI eu também quero.
(eu): - Tá bom. Não avisaram para vocês que eu estou de férias?
(filho um): -  Pai, o que é férias?
(eu): - ?

25 de dezembro de 2011

Feliz natal

Montamos a nossa árvore natalina com várias bolas coloridas e um pisca-pisca bem bacana. Tudo bem que no próximo ano teremos que comprar novas bolas e um novo pisca-pisca por que o meu pequeno não resistiu em deixar a árvore intacta. Fiquei com uma baita dor nas panturrilhas por ter que enfrentar lojas e shoppings para conseguir comprar os presentes tão recomendados ao bom velhinho. Não aguento mais ver um panetone em minha frente, tampouco, quero comer mais chester nesta vida.
Esperamos a grande noite. Colocamos os presentes sob a árvore e juramos que foi o papai noel quem os deixou ali e inventamos mil histórias de como ele conseguiu escapar sem ser visto. Nos realizamos com os rostinhos alegres e sorridentes das crianças com os seus novos brinquedos e que chegam a adormecer abraçadas a eles. E ao pegar os pequenos adormecidos nos braços para levá-los para o quarto, e ante o calor dos seus corpos que sentimos neste abraço e da alegria íntima ao aconchegá-los na cama, em meio a sonolência, encerramos a noite com uma prece de agradecimento.
Não podemos esquecer que neste dia estamos comemoramos o aniversário do Cristo-Jesus, e Ele é realmente um grande amigo protetor. Conseguiu com o dia de seu aniversário sensibilizar as pessoas para o valor da união e da paz, e, em meio às festas e presentes não deixou que Sua presença passasse desapercebida. E é sem nenhuma demagogia religiosa que afirmo que somente a presença do Cristo no lar é capaz de colocar a família em um berço de paz e harmonia, e cabe a nós pais e mães essa responsabilidade de trazê-Lo para nossa casa. 

Desejo a todos um feliz natal e muita paz.



14 de dezembro de 2011

Não basta ser pai, tem que pôr a mão na merda.


Gostaria muito de apresentar o Eu solteiro ao Eu, casado, pai de três filhos. São duas pessoas totalmente diferentes e desconhecidas uma da outra. Enquanto o primeiro nem chegava perto de um cheirinho de fralda suja de um sobrinho, o segundo, literalmente, põe a mão na merda. Uma vez pai não tem como escapar, mais cedo ou mais tarde, vai tem que encarar uma fraldinha suja. Mas não tem estresse não, o que não falta é blog ensinando a trocar fraldas, estatísticas de quantas fraldas que se trocam no ano (dizem que é em torno de 3.900 fraldas durante o ano por bebê, deixarei para fazer as contas depois, pois no meu caso tenho que multiplicar por 3), as melhores fraldas e marcas, como verificar se o bebê fez ou não cocô, essa eu nunca entendi o porquê, pois o fedor vem de longe, mas tudo bem, e daí por diante. No meu caso, quando da gravidez do meu primeiro filho (que foi a filha), além dos sites, cheguei a assistir uma palestra ministrada pela maternidade de como dar banho, trocar fraldas, vestir roupas, e outras coisas mais. Recomendo, foi bom.
Mas voltemos às fraldas, tem um site que eu mais gostei. Era um que dava treinamento para as mães (é que para pai tem pouco material aí a gente tem que adaptar). Não sei se o site ainda existe, mas é só colocar no google a frase: "exercícios práticos para treinamento de futuras mamães" que deve aparecer.
A dica para a troca de fralda nesse site dizia mais ou menos assim: compre um polvo vivo de um tamanho razoável. Daí você veste a criatura, colocando a fralda, sem machucá-la ou amarrá-la, e sem perder a paciência. Esse é um bom treinamento. Se quiser mais detalhes é só procurar pelo site, mas, o que eu quero dizer é que não faltam dicas para a famosa troca de fraldas. 
Então também vou deixar a minha dica. Nos primeiros seis meses da criança pode seguir a risca as dicas de limpeza com algodão e água morna e aquelas coisas todas que as enfermeiras ensinam na maternidade. Depois do sexto mês, se o menino cagou, leve-o para o banheiro e retire a fralda (assim mesmo sem frescura), dobre-a e a coloque no lixo (às vezes na pressa eu esqueço de dobrar aí ninguém aguenta o fedor que fica no banheiro), liga o chuveiro na água morna, pega o menino de bruços com a bundinha para cima e lava com sabonete líquido debaixo do chuveiro. Assim mesmo, basta o sabonete e sua mão. Lave bem o bumbum e fica tudo cheiroso, um talquinho e pronto. Colocar a fralda não precisa de dica por que você já aprendeu quando fez o treinamento com o polvo. 

13 de dezembro de 2011

Conquistas











Na madrugada chorou pelo leite do peito que lhe iria saciar a fome.
Pela manhã iniciou seu engatinhar em busca da liberdade.
Ao meio-dia ensaiou seus primeiros passos em sua auto-afirmação.
À tarde começou a balbuciar algumas palavras demonstrando sua personalidade.
No crepúsculo defendeu suas idéias, vontades e quereres.
Sob o véu escuro da noite, olhou em meus olhos, com um abraço  me agradeceu e se despediu. 


12 de dezembro de 2011

A Dor

Com a família, indubitavelmente, ficamos expostos à dor. A Helena, no dia seguinte ao seu nascimento, sofreu uma parada respiratória. Ainda estávamos no quarto do hospital quando percebi que ela roxeava os labiosinhos, chamei a enfermeira, e ela sem demora  levou a pequena para a UTI neonatal. Ao observar a enfermeira carregando minha filha por entre os corredores do hospital compreendi em extensão e profundidade o significado da frase: "pequeno como grão de areia em frente ao mar", e diante da minha impotência, só me restou chorar e orar a Deus. Nos nove dias em que ela passou na UTI  doeu, sofri e amadureci. Passei a ver a vida com mais humildade, pois que bastava uma pequena vontade Divina para tirar ou dar a vida. Nesse meu caso Ele me deu a vida, a minha vida e a dela. 
Passei a valorar cada abraço dos meus filhos e esposa, cada momento de conversa, cada noite em que acordado acalentava o sono deles. Cada momento ao lado da minha família é O Momento.


25 de novembro de 2011

Deixarei por ora as complicações de lado e vou brincar

Deixarei por ora as complicações de lado e vou brincar. Há tempos não sorria tão descontraidamente. Brincar com os filhos é reviver a própria infância. E o bom é que você não corre o risco do ridículo, afinal, você está apenas brincando com os filhos. Já fiz pique-pega e pique-esconde - tinha me esquecido que o último a ser achado podia salvar todos- como minha filha salvou todos, eu tive que contar de novo (sem apelar). 
A melhor de todas é a do tubarão, essa é demais. Eu sou o tubarão (claro) e os meus filhos os peixinhos. A brincadeira se resume em eu ter que pegar os peixinhos e prendê-los, então saio correndo pela casa em busca dos peixinhos e eles naquele desespero tentam se safar. 
Numa dessas, eu peguei o Heitor e ele gritou: - "totorro baieia." (tradução: socorro baleia), e adivinhem quem era a baleia? Ela mesma, a minha esposa. E não adiantou fazer cara feia, a brincadeira colou. No início ela resistiu um pouco (não entendi o por quê), mas agora ela até que vem socorrer os peixinhos. Rolar na cama e fazer cabaninha com as cobertas, jogar futebol, até de casinha já brinquei, fui o filho da minha filha e o irmão do meu filho, e por aí vai. Estou louco para que eles cheguem na idade do vídeo game para que eu possa ter a desculpa para comprar aquele Playstation super-mega-plus.
Agora entendo, Deus sempre põe um amparo aos seus filhos, e no meu caso é a minha família. Não existe dia difícil ou problema grave que resista à descontração destas crianças, e é nesses momentos que me descontraio e relaxo para poder voltar à luta diária. 





24 de novembro de 2011

19 de novembro de 2011

Família de 5 (cinco)?!


É engraçado observar a reação das pessoas quando respondo que tenho três filhos, uma de quatro, outro de dois e o caçula com um aninho. Já passei por cada situação. Um dia uma pessoa  me perguntou como eu fazia para dar o banho? Eu perguntei: -como assim? -Como você faz para dar banho? - Tiro a roupa das crianças, abro o chuveiro, as coloco debaixo do chuveiro, ensaboou, enxáguo, enxugo e pronto. Outra, com ares de superioridade, veio querer ensinar sobre controle de natalidade, precaução e outros conselhos (f)úteis, como se ter mais de dois filhos não fosse possível ser opção, apenas ignorância. Existem, também, os que se assustam mas que admiram e gostam, e, outros, que até  se inspiram. E quando digo que eu e minha esposa conversamos sobre a possibilidade de ter o quarto filho? Caem de costas.
Ir ao shopping. Atração na certa. Uma criança em meu colo, outra no colo da minha esposa e a terceira de mãozinha dada com um de nós dois, sempre atraem olhares. Viajar? Despesas dobradas. Não pela despesa intrínseca que cinco pessoas gerariam, mas, por que cinco pessoas é criar uma exceção nos pacotes turísticos. Para podermos viajar em janeiro tivemos que negociar com a gerência do hotel para ficarmos os cinco no mesmo quarto. É que eles aceitam no máximo o casal com dois filhos para cada quarto (estou até agora embasbacado), mas é isso mesmo. Olha que estou falando de três crianças, uma de quatro, outro de dois e o caçula com um aninho, se fossem adolescentes seria até compreensível. Nem vou falar nada sobre carros.
Quando me perguntam se valeu a pena, eu reflito até onde chegam as convenções sociais, penso em cada um dos meus filhos e  respondo:
Ah! nunca me faltaram bracinhos que envolvessem meu pescoço num abraço apertado; nunca me faltou um sorriso pelo simples fato de eu chegar em casa. Como é sublime ver os olhinhos brilharem com brincadeiras singelas. E o que dizer quando uma das crianças deita em meu colo se sentido protegida e amparada; quando em choro se cala no meu peito; e quando doente se conforta ao meu lado. Sim, sou feliz  e faria tudo de novo. 

Obs.: Não postei foto por que o fotógrafo só tem pacote para família com no máximo dois filhos, com três fica bem mais caro.

17 de novembro de 2011

Amizade



Quem não tem um segredo de irmão escondido dos pais? E quem nunca o livrou de uma enrascada doméstica? (Óbvio que depois sempre tem as chantagens).


É amizade.


Fico olhando e pensando...com essas caras, o que estão me escondendo? Me dá um frio na barriga. 

16 de novembro de 2011

E após 4 anos de casamento...



 Em junho de 2007 veio a Helena;








em abril de 2009 o Heitor chegou chegando;

e em julho de 2010 foi a vez do Henrique. 

15 de novembro de 2011

“É incrível a força que as coisas parecem ter, quando elas precisam acontecer”.

Esta frase de Caetano Veloso é a que melhor define o nosso encontro. Não é por menos, nos achamos e trocamos olhares em meio a  três mil pessoas (Concafras). Recordo como se fosse hoje. Eu descendo, às pressas, os corredores da faculdade onde se realizava a Concafras, para não perder o ônibus que me levaria até o local dos cursos, e lá estava ela, a noiva, linda, num vestidinho jeans azul e cabelo solto aos ombros. Nem preciso dizer que perdemos a condução, no entanto, encontrei a minha noiva.
Começamos o namoro um mês após a Concafras, mas naquele instante já sabia que não seria diferente. Namoramos, noivamos e casamos. É engraçado, como a gente sente o que não sabe.

Cabe aqui um esclarecimento, é que este blog, ao mesmo tempo que é um ato de gratidão à família que tenho, também, é uma declaração de amor. Eu amo essa noiva.




5 de agosto de 2011

O Início

O início desse blog prefiro começar pelo 'sim'.
Sim, o dia do casamento. Deixarei a fase de namoro de fora. Propositadamente. Creio que o início da família se deu a partir daí.
Não me lembro se acordei muito cedo ou se não consegui dormir, só sei que na madrugada já estava acordado, ansioso e verificando calça, sapato e camisa. Durante o dia carreguei caixas de suco, gelo, arrumei cadeiras e mesas, verifiquei cardápio e a hora não passava. Foi o dia mais longo de toda a história da humanidade.
Enfim, lá estava eu, ela, as testemunhas e o juiz de paz a fazer a famosa pergunta, e nós, a darmos a simples e curta resposta: Sim.
Que boas recordações, a noiva entrando, eu nervoso, tenso, e as mãos suando frio. Foi o início. A porta de entrada  para a formação de uma grande família, em que surgiram uma, duas, três crianças (na expectativa da quarta), que são, juntamente com a mãe, a razão deste blog.